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Anunciando, Amando, Apressando e Aguardando a Volta de Jesus!
14.12.12
2.12.12
A surra nossa de cada dia!
Primeiro, a notícia de que haverá uma luta beneficente em frente ao Palácio do Planalto e, depois, outra de que mulheres disputarão um torneio de mixed martial arts (MMA). Neste último caso, o promotor do espetáculo avisa que não é “aquela coisa de briga de mulher”, mas de profissionais do ringue, coisa muito séria. Mesmo que não tenha havido maiores repercussões do assunto neste Observatório da Imprensa ou em colunas de jornal, não é difícil imaginar o que pensa disso gente de primeiro time como Alberto Dines, Zuenir Ventura e Ancelmo Góis, para mencionar apenas alguns dos jornalistas que têm criticado esse tipo de espetáculo em ascensão no gosto do público e da mídia.
Como não lhes dar razão? O cenário é assustador: num ringue, que pode assumir forma octogonal a depender da empresa promotora, homens fortíssimos, reinterpretações pós-modernas dos gladiadores romanos, trocam socos e pontapés até que um deles, às vezes coberto de sangue, desmaie ou dê as batidinhas convencionais de desistência (tap out). O MMA é o reality show da porrada.
(Não é, aliás, sem algum arrepio que grafo “porrada”, pois me lembro bem que, no auge da ditadura militar, o finado Tarso de Castro foi levado à polícia política porque havia empregado, em uma nota no Pasquim, essa palavra. Nos porões, a porrada dava o tom aos “diálogos”, mas só como passagem ao ato: como fala, era proibida.) [...]
Ninguém jamais se preocupou muito com esse assunto no espaço público. Por que agora a comoção? Uma resposta hipotética é que o espetáculo da violência disseminou-se na mídia, passando a ser visto por novas frações de público, como crianças e mulheres. Mais ainda, a coisa chegou à Globo, ainda em horário tardio, mas nada indica que não possa adiantar-se na grade de programação, aparecendo à beira do jantar.
Admitamos que seja patética a possibilidade de estetização do ato de violência dentro do horário “nobre”. Violência pode ser ato e estado (instituição). É preciso levar em conta a hipótese de que a porrada física do MMA possa ser de fato menos violenta do que o espetáculo da violência institucional e moral a que assistimos, dentro e fora do horário “nobre”, quando as figuras da República vêm a público tentar explicar a corrupção do dia a dia.
(Muniz Sodré, Observatório da Imprensa)
Nota: Mais absurda é a mistura de religião com “porrada”, como na foto abaixo, ou como no caso dos lutadores /espancadores que agradecem a Deus o fato de terem detonado o oponente.[MB]
Como não lhes dar razão? O cenário é assustador: num ringue, que pode assumir forma octogonal a depender da empresa promotora, homens fortíssimos, reinterpretações pós-modernas dos gladiadores romanos, trocam socos e pontapés até que um deles, às vezes coberto de sangue, desmaie ou dê as batidinhas convencionais de desistência (tap out). O MMA é o reality show da porrada.
(Não é, aliás, sem algum arrepio que grafo “porrada”, pois me lembro bem que, no auge da ditadura militar, o finado Tarso de Castro foi levado à polícia política porque havia empregado, em uma nota no Pasquim, essa palavra. Nos porões, a porrada dava o tom aos “diálogos”, mas só como passagem ao ato: como fala, era proibida.) [...]
Ninguém jamais se preocupou muito com esse assunto no espaço público. Por que agora a comoção? Uma resposta hipotética é que o espetáculo da violência disseminou-se na mídia, passando a ser visto por novas frações de público, como crianças e mulheres. Mais ainda, a coisa chegou à Globo, ainda em horário tardio, mas nada indica que não possa adiantar-se na grade de programação, aparecendo à beira do jantar.
Admitamos que seja patética a possibilidade de estetização do ato de violência dentro do horário “nobre”. Violência pode ser ato e estado (instituição). É preciso levar em conta a hipótese de que a porrada física do MMA possa ser de fato menos violenta do que o espetáculo da violência institucional e moral a que assistimos, dentro e fora do horário “nobre”, quando as figuras da República vêm a público tentar explicar a corrupção do dia a dia.
(Muniz Sodré, Observatório da Imprensa)
Nota: Mais absurda é a mistura de religião com “porrada”, como na foto abaixo, ou como no caso dos lutadores /espancadores que agradecem a Deus o fato de terem detonado o oponente.[MB]
O estranho em nossa família
Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esse encantador personagem e, em seguida, o convidou a viver com nossa família. O estranho aceitou e, desde então, tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial para ele. Meus pais eram instrutores complementares: minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas o estranho era nosso narrador. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias. Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e me fazia chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e, calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que ele tinha a dizer, só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que o estranho fosse embora.)
O estranho nunca parava de falar, mas meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e, calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que ele tinha a dizer, só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que o estranho fosse embora.)
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las. As blasfêmias e os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa, nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que, às vezes, queimava meus ouvidos e fazia meu pai se retorcer e minha mãe ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiadamente) sobre sexo. Seus comentários eram, às vezes, evidentes; outra,s sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.
Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso dos valores de meus pais; mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio. Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome? Nós o chamamos televisor...
Obs.: Agora esse televisor tem uma esposa que se chama computador, e um filho que se chama celular! Devemos ter muito cuidado com esses dois novatos, já que o primeiro foi a lareira da sala de visitas de nossa vida, na qual queimamos nossas raízes.
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1.12.12
Dia de oração e jejum por adventistas presos em Togo
O pastor Antonio Monteiro e o membro da igreja Bruno Amah estão detidos há oito meses em Togo, mesmo sem evidências de culpa. O pastor Monteiro é de Cabo Verde e foi preso sob falsas acusações de feitiçaria. O homem que o acusou foi declarado mentalmente instável e psicopata, pelo o médico forense. Com exceção do “testemunho” desse indivíduo, não existe absolutamente nada que incrimine o pastor. Até mesmo o juiz do caso falou que o dossiê está vazio, mas ele alega ter as mãos atadas para liberar o pastor. O presidente de Cabo Verde se encontrou com o presidente do Togo e pediu a liberação do pastor. Mas até hoje nada foi feito.
O presidente mundial da Igreja Adventista, pastor Ted Wilson, esteve em Togo há algumas semanas, mas o presidente togolês não o recebeu, apesar do pedido oficial da Igreja. O pastor Wilson visitou o pastor Monteiro na prisão e, ao voltar à sede mundial da Igreja, nos Estados Unidos, fez um apelo mundial para que 1º de dezembro seja um dia de oração e jejum em favor da liberdade dos dois adventistas.
O presidente mundial da Igreja Adventista, pastor Ted Wilson, esteve em Togo há algumas semanas, mas o presidente togolês não o recebeu, apesar do pedido oficial da Igreja. O pastor Wilson visitou o pastor Monteiro na prisão e, ao voltar à sede mundial da Igreja, nos Estados Unidos, fez um apelo mundial para que 1º de dezembro seja um dia de oração e jejum em favor da liberdade dos dois adventistas.
Um Conto de Liberdade
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la.” Françoise Voltaire
Era uma vez um garotinho que, sem querer, ficou famoso. Hollywood, de repente, era o lugar que podia chamar de “casa”. Talentoso, não demorou muito para ganhar dinheiro com a fama, e não havia nada ao alcance de sua imaginação que não pudesse alcançar com as mãos. Seus pezinhos logo se acostumaram aos tapetes vermelhos e ao glamour das luxuosas festas das celebridades.
O tempo passou e o garotinho cresceu. Os aplausos e as dezenas de guitarras empoeiradas no quarto não mais preenchiam seu tempo e seu coração. Em casa, seus pais viviam um inferno, e tudo o que ele queira era ficar longe de lá. Tornou-se amigo do álcool. Depois do tabaco. Maconha. E, por fim, cocaína. Na rua, o menino prodígio do show business não era mais reconhecido pelas pessoas. E quando era, preferia que fosse invisível. Percebia a repulsa naqueles olhares, e quase podia ler seus pensamentos: “Como ele chegou a esse ponto?”
Seu nome? Macaulay Culkin. Mas, com as devidas adaptações, esta poderia ser a história de Lindsay (Lohan), Amy (Winehouse), Britney (Spears), Heath (Ledger), Haley (Joel Osment), e tantos outros jovens talentos que não sobreviveram à televisão ou ao cinema.
Acontece que, entre tantos roteiros trágicos e previsíveis, um ator “atrevido”, aos 19 anos, abandonou os scripts tradicionais e resolveu criar seu próprio texto. Antevendo o que o destino lhe reservava, decidiu mudar a rota do show. “Ficou louco! Está sendo manipulado por uma igreja em busca de sua fortuna!”, é o que estão dizendo dele por aí. “Porque, certo mesmo, seria acabar-se como todos os seus iguais e morrer jovem, só para deixar um breve registro biográfico na Wikipedia, que, daqui a alguns dias, ninguém vai ler”, é o que eu vejo nas entrelinhas desse discurso dos “livres da religião”.
É engraçado como a provável (ou possível?) saída de Angus T. Jones do seriado “Two and a Half Men”, motivada por sua crença religiosa, cause tanta polêmica. Mas não faz mais de dois anos que o protagonista da série, o ator veterano Charlie Sheen, notório dependente químico, deixou o programa (inspirado e idealizado nele, diga-se de passagem) em virtude de problemas decorrentes do abuso de álcool, drogas e prostituição. Se Angus deixasse o seriado em circunstâncias semelhantes às de seu colega de trabalho, será que o público aceitaria a decisão com uma atitude menos agressiva? Seria mais aceitável o fim de uma carreira hollywoodiana em virtude da cocaína, em lugar da Bíblia?
A decisão de Jones, para os mais desavisados, pode parecer ilógica ou irracional, mas um olhar mais atento sobre o vídeo em que ele conta seu testemunho será capaz de revelar que sua longa busca espiritual (ele costumava ir a três ou quatro cultos por domingo), à procura de um lugar que preenchesse o vazio em sua alma – que nem a maconha, que ele admite ter usado, foi capaz de suprir – só terminou quando ele entrou em uma igreja adventista do sétimo dia.
Ali, diferentemente do que muitos pensam (talvez por ignorância e desinformação), não houve interesse pela fortuna de Angus. Essa igreja não precisa do dinheiro de seus crentes. Ela já existe há mais de cem anos e se tornou a religião cristã que mais cresce no mundo em número de membros, sem o dízimo de nenhum milionário. Nenhum pastor adventista tornou-se mais rico ou pôde trocar de carro simplesmente porque o “Jake” de “Two and a Half Men” agora faz parte da comunidade. Na verdade, e para ser bem sincera, o único proveito que essa igreja poderá usufruir com a confissão espiritual desse ator é a influência que ele poderá exercer (e já está fazendo) sobre pessoas a quem a maioria de nós nunca teria acesso. A repercussão do discurso desse garoto e a coragem que ele teve de colocar em risco sua carreira e reputação valem muito mais do que seus milhares de dólares.
Por falar nisso, é interessante perceber que a mãe dele esteja, agora, preocupada com a possibilidade de Angus ser explorado por essa igreja. Afinal, utilizar o talento de uma criança a partir dos quatro anos de idade, submetendo-o ao estresse do ritmo da televisão, tolhendo-lhe a infância, a fim de fazer fortuna, não é exploração?
Ao analisar todos esses fatos, percebo como é espantoso o poder do preconceito. A sociedade impõe mudanças culturais e sociais todos os dias, e nos dá, como única opção, aceitá-las, sob o pretexto do fim da discriminação e da afirmação do direito inerente a todos os seres humanos, de exercer livremente suas escolhas, sem ser incomodado ou questionado quanto a elas. Ocorre que, no tocante ao direito à liberdade de crença, não se opera a mesma lógica. Opor-se ao senso comum e acreditar no sobrenatural, esperar pela restauração deste planeta e crer que a esperança para o futuro encontra-se tão somente no homem-Deus Jesus Cristo e na morte dEle na cruz, é ser alienado, “fraco”, manipulado, ou vítima de uma “lavagem cerebral”.
Portanto, se é para ser assim, muito prazer, meu nome é Loucura!
“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força do homem” (1Co 1:25).
(Bruna Mateus Rabelo dos Reis é advogada especialista em Direito Civil, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás; texto escrito com exclusividade para o blog www.criacionismo.com.br)
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